ME SONREÍSTE
Yo decidí hace mucho tiempo, que un día me
sonreirías. No una sonrisa de conveniencia o una sonrisa social.
Un día me sonreirías por Yo ser Yo, por Yo
estar allí. Por verme.
Yo sabía que era de una sonrisa tuya,
que mi alma necesitaba.
Porque al verte, yo ya me había
sorprendido, sonriendo sin aparente motivo, y esa, mi sonrisa, no era hijo de “madre
incógnita”, tenía en mi sonrisa, tu nombre y apellido.
Decidí hacer algo insensato pero hacerlo
con entusiasmo.
“Disculpa, pero no te conozco, o te
conozco?”, preguntaste con una voz y cara encrispada.
“No. No nos conocíamos. Ahora ya, dije
yo, aún así, con aire embelesado”. Todos somos desconocidos, antes de
conocernos.
Ese día no sonreíste, y yo pensé que, no
era así algo serio, que no pudiera ser dicho, acompañado de una sonrisa.
Decidí no desistir, y hice todo para
reencontrarte. Y al verte pregunté seguro de mí mismo: ¿Nunca sonríes?
“Soy antipática con orgullo”, dijiste
casi ni moviendo los labios. Sólo sonrío para quien consigue provocar mi
sonrisa. Tal vez te des cuenta de que eso es autenticidad.
Y ese día tampoco sonreíste. Y yo
agradecí, porque falso y cruel, mucho más que las lágrimas de cocodrilo, son
las sonrisas de cocodrilo…
Decidí no desistir de insistir, y otro día,
me crucé contigo y te dije:
“Sabes que lo más inútil de todos los
días, es aquel en el que no reimos”
Un día sin sonreír, es un día
desperdiciado.
Y ese día sonreíste. Y fue todavía mayor
mi alegría, por haber sido inesperado.
Fue una sonrisa tímida. Pero yo absorbí
el detalle de tu sonrisa tímida, de la forma como los ojos se mueven y sonríen,
como los labios se fruncen, como el rostro se transforma. Todo revelando algo.
Y yo queriendo descubrir todo en ese algo.
Y en ese día, el mundo tuvo dos días no
desperdiciados, el tuyo y el mío.
Y en ese día, mi alma quedó presa a la
tuya, por la simpatía de tu sonrisa.
Decidí no desistir de insistir en
persistir. Y otro día fui hacia ti, y te informé: “Sabes que cuando me sonreíste,
descubrí que tienes un rostro hecho para sonreir?”
Y tú agradeciste porque, también, en aquel
otro día yo te había hecho adormecer sonriendo. Y así me lo confesaste,
sonreíste abiertamente.
Aquella sonrisa de quien nada promete,
pero que todo se permite imaginar.
Y con esa sonrisa, juro, también vi tu
corazón sonriendo en tu rostro.
Decidiste persistir. Y aquel día viniste
hacia mí.
Yo aclaré que: “Quien describió la
graciosidad sin haber visto tu sonrisa, no tenía idea de lo que estaba
hablando.”
Ese día “re-sonreíste”. Sonreíste al
doble, aumentado y a duplicar.
Sonreíste con los ojos y se hizo la luz,
o fue tu sonrisa que creó un rayo de luz en tu rostro!? No sé, Sé que todo se iluminó…
Decidimos persistir insistiendo. Aquel
día nos buscamos el uno al otro.
Y yo te dije: “No tienes idea de cuánto
te deseo. Siento el sabor de tu beso, solo de contemplar tu sonrisa.”
Expresaste tanto con tu sonrisa, que tus
ojos brillaban de tamaña emoción, que mi corazón hubiera parado.
O entonces, mi corazón todavía latía,
pero era mi entorpecimiento que no me dejaba sentirme. Fue aquella sonrisa que
sonríe, aquella sonrisa que sonríe por poder sonreír, porque le gusta sonreír a
quien se le sonríe.
Y por esa sonrisa, todo yo sonreí…
Yo te pedí: “abraza lo que te hace
sonreír”, y tú me abrazaste y besaste mi sonrisa. Y como no había nada más a
decir, apenas continuamos sonriendo.
Y allí nos quedamos, ojos que sonríen
mirando en los ojos que se ríen, en gestos y toques que saben conversar, y en
silencios que se exprimen.
E ali
ficámos; olhos que sorriem olhando em olhos que se riem, em gestos e toques que
sabem conversar e em silêncios que se exprimem.
****************************************************
SORRISTE-ME
Decidira, há
muito, que um dia sorririas para mim. Não o sorriso de conveniência ou o
sorriso social.
Um dia
sorririas para mim por eu ser eu, por eu estar ali. Por me veres.
Eu sabia que
era de um teu sorriso que minha alma precisava.
Porque ao
ver-te eu já tinha dado por mim sorrindo sem aparente motivo e esse meu sorriso
não era filho de “mãe incógnita”; tinha nele o teu nome e sobrenome.
Decidi fazer
algo insensato mas fazê-lo com entusiasmo:
«desculpa
mas não te conheço, ou conheço?»- perguntaste com acinte na voz e a face
crispada.
«Não. Não
nos conhecíamos. Agora já»- disse eu, mesmo assim, com ar embevecido- «todos
somos desconhecidos antes de nos conhecermos»
Nesse dia
não sorriste e eu fiquei a pensar que, não era assim algo sério, que não
pudesse ter sido dito acompanhado de um sorriso.
Decidi não
desistir e fiz por te reencontrar.E ao ver-te perguntei assertivo: «nunca
sorris?»
«Sou
antipática com orgulho»- disseste quase nem movendo os lábios- « só sorrio para
quem consegue provocar o meu sorriso. Talvez percebas que isso é autenticidade»
E nesse dia
também não sorriste. E eu agradeci, porque falso e cruel, muito mais do que as
lágrimas de crocodilo, são os sorrisos de crocodilo...
Decidi não
desistir de insistir e noutro dia, cruzei-me contigo e disse-te:
«Sabes que o
mais inútil de todos os dias é aquele em que não rimos!? Um dia sem sorrir é um
dia desperdiçado!»
E nesse dia
sorriste. E foi ainda maior a minha alegria por ter sido inesperada.
Foi um
sorriso tímido. Mas eu absorvi o detalhe do teu sorriso tímido; da forma como
os olhos se movem e sorriem, como os lábios trejeitam, como a face encova. Tudo
a revelar algo. E eu a querer descobrir tudo nesse algo.
E nesse dia,
o mundo teve dois dias não desperdiçados, o teu e o meu.
E nesse dia,
a minha alma ficou presa à tua pela simpatia do teu sorriso.
Decidi não
desistir de insistir em persistir.E noutro dia fui ter contigo e informei-te:
«Sabes que quando me sorriste descobri que tens um rosto feito p´ra sorrir?»
E tu
agradeceste porque, também naqueloutro dia eu te tinha feito adormecer a
sorrir. E ao assim confessares, sorriste um sorriso aberto.
Aquele
sorriso de quem nada promete mas que tudo permite imaginar.
E com esse
sorriso, juro, também vi o teu coração a sorrir no teu rosto.
Decidiste
persistir. E Naquele dia vieste tu ter comigo.
E eu
esclareci que: «Quem descreveu a graciosidade sem ter visto o teu sorriso, não
fazia ideia do que estava a falar.»
Nesse dia
“resorriste”. Sorriste em duplicado, aumentado e a dobrar.
Sorriste com
os olhos e fez-se luz ou foi o teu sorriso que criou um raio de luz na tua
face!? Não sei. Sei que tudo se iluminou.
Decidimos
persistir insistindo. Naquele dia fomos ter um com o outro.
E eu
disse-te; «Não tens noção do quanto te desejo. Sinto o sabor do teu beijo só de
contemplar o teu sorriso.»
Abriste
tanto o sorriso e os teus olhos brilharam de tamanha emoção que o meu coração
teria parado se ainda estivesse a bater.
Ou então, o
meu coração ainda batia mas era o meu entorpecimento que não me deixava
sentir-me. Foi aquele sorriso sorrido, aquele sorriso que sorri por poder
sorrir, por gostar de sorrir para quem se sorri.
E por esse
sorriso todo eu sorri.
E eu pedi-te
«abraça o que te faz sorrir» e tu abraçaste-me e beijaste-me o sorriso. E como
não havia mais nada a ser dito, apenas continuámos sorrindo.
E ali
ficámos; olhos que sorriem olhando em olhos que se riem, em gestos e toques que
sabem conversar e em silêncios que se exprimem.
----------------------------------
Paulo
Gonçalves Ribeiro
© Todos os Direitos de Autor reservados nos termos da Lei 50/2004, de 24 de agosto.
O autor autoriza a partilha deste texto - ou de excertos do mesmo-, desde que, se mantenha o formato original e mencione, obrigatoriamente, a autoria do mesmo.
(Ilustração/imagem: Jim Sturgess & Anne Hathaway no filme "ONE DAY" baseado num livro de David Nicholls)
© Todos os Direitos de Autor reservados nos termos da Lei 50/2004, de 24 de agosto.
O autor autoriza a partilha deste texto - ou de excertos do mesmo-, desde que, se mantenha o formato original e mencione, obrigatoriamente, a autoria do mesmo.
(Ilustração/imagem: Jim Sturgess & Anne Hathaway no filme "ONE DAY" baseado num livro de David Nicholls)
No hay comentarios:
Publicar un comentario